PF vê indícios de que Bolsonaro cometeu crime ao associar vacina da Covid com risco de pegar Aids

A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há indícios de que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com o risco de contrair Aids.

A associação não corresponde à verdade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras autoridades de saúde já esclareceram que as vacinas não trazem doenças. Pelo contrário, evitam contaminação.

Em relatório enviado ao STF, a PF pede que seja autorizada a tomada de depoimento de Bolsonaro. A polícia também menciona a necessidade de serem feitos indiciamentos, mas sem apontar quais seriam os alvos.

Bolsonaro fez a relação falaciosa entre vacina da Covid e risco de HIV em uma live nas redes sociais no dia 22 de outubro do ano passado. Posteriormente, a live foi retirada do ar por Facebook, YouTube e Instagram.

Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids (doença causada pelo HIV) “muito mais rápido que o previsto”. A afirmação é falsa, e não há qualquer relatório oficial que faça essa associação.

Na semana seguinte, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, reafirmou que as vacinas usadas no Brasil são seguras, e que nenhuma delas aumenta a “propensão de ter outras doenças”.

“Nenhuma das vacinas está relacionada à geração de outras doenças. Nenhuma delas está relacionada ao aumento da propensão de ter outras doenças, doenças infectocontagiosas por exemplo. Vamos manter a tradição do nosso povo brasileiro de buscar e aderir ao PNI [Prrograma Nacional de Imunizações]”, afirmou Barra Torres.

As informações são do g1.

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