MMX Mineradora pede desconto de 97% para evitar falência

Eike Batista

Arte: Agência VIU!

Em processo de recuperação judicial na 4ª Vara Empresarial do Rio, a MMX, Mineradora do encrencado Eike Batista, está propondo um acordo caracu aos credores.  

A proposta implica em prejuízos de 95% a 97% para aqueles que têm créditos a receber. 

Ou seja, se a empresa de Eike deve R$ 1.000, pagaria apenas de 5% a 3%. Isso quer dizer de R$ 30 a R$ 50. 

Para impressionar o juízo e conseguir emplacar o acordo, o empresário lançou um festival de factoides na praça. 

O último deles é um suposto aporte de dinheiro infinito de investidores da China para socorrê-lo da bacia das almas

O grupo chinês, no entanto, é uma ficção. É uma empresa com capital social de pouco mais de US$ 128, e que funciona numa sala em Hong Kong. 

INFLUENCIADORES MIMADOS 

Outro lance é o afago em influenciadores sociais, aquela turma sempre movida a mimo financeiro e presentinhos de luxo. Está empenhadíssima em vídeos para promover a imagem do Midas caído. A plataforma escolhida para esta operação é o Youtube.

Mas a tarefa de Eike Batista não será fácil. Já tem credor preparando pedido de falência da MMX e se no Brasil ainda existe justiça, a derrocada será inevitável.

Assim é possível que o país se livre da versão local de Bernard Maddoff,  aquela figura tão ousada quanto Eike, que provocou uma hecatombe no mercado financeiro norte-americano em 2008. 

Não custa lembrar que Maddoff chegou longe porque as autoridades norte-americanas foram demasiadamente frouxas. 

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