Militares demonstram preocupação com atos em 7 de Setembro após operação da PF

Um assunto que dominou as rodas de conversas de militares na Cerimônia do Dia do Soldado, em Brasília, foi a operação contra empresários bolsonaristas que defenderam um golpe militar num grupo de WhatsApp caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições, a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A CNN apurou com fontes das Forças Armadas que há uma forte preocupação dos militares de que a operação esquente muito o ânimo dos participantes nas manifestações que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem convocado para o 7 de Setembro.

De acordo com relatos, generais do Exército se mostraram preocupados com as ações tomadas e os questionamentos sobre os limites que envolvem a liberdade de expressão e o modus operandi da operação.

Durante a cerimônia desta quinta-feira (25), diversos generais questionavam entre si a legalidade da ação do ministro Moraes. Eles viram com ressalvas a ação policial, principalmente pelo fato de a fundamentação de Moraes não ter sido divulgada já que a investigação ainda está sob sigilo.

De acordo com militares ouvidos sob reserva, começou a se ouvir o termo “crise institucional” nas conversas dos generais. Esses militares questionavam a notificação feita à Procuradoria-Geral da República, e os limites das instituições no estado democrático de direito.

Durante a cerimônia, o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, citou o apoio ao TSE na logística das eleições e disse que “notícias infundadas e tendenciosas” não poderão manchar a reputação da Força.

“Se, em algum momento, verdades transfiguradas, notícias infundadas e tendenciosas ou narrativas manipuladas tentarem manchar nossa honra, na vã esperança de desacreditar a grandeza de nossa nobre missão, lembrem-se de que a calúnia jamais maculou a glória de Caxias”, disse o comandante.

As informações são da CNN.

Sair da versão mobile