Michelle Bolsonaro pode ser candidata a presidente em 2026

Em entrevista ao programa Live CNN, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, falou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve voltar ao Brasil no final do mês e que, caso o capitão reformado não queira disputar a eleição em 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode ser um nome a ser cogitado. “Veja o que ela fez nos comícios. Quando ela ia lotava de público. É uma liderança, sem dúvida. Vai fazer palestras pelo Brasil”, falou Costa Neto.

O cacique do partido do ex-presidente também analisou o comportamento de Jair Bolsonaro após a derrota no segundo turno para Lula. “O Bolsonaro não estava preparado para a derrota”, pontuou.

Valdemar Costa Neto disse na entrevista que “tinha certeza” que Bolsonaro iria ganhar no primeiro turno caso não “tivesse errado tanto na pandemia”. “Ele errou demais no começo do governo, no primeiro ano e meio. Depois, pode reparar, não errou mais”, analisou o político.

Durante a entrevista, Costa Neto comentou que “os generais” atrapalharam a gestão bolsonarista, nomeando, entre outros, Santos Cruz. O general deixou o governo logo nos primeiros meses após ser alvo de críticas dos filhos do presidente e do escritor Olavo de Carvalho, guru ideológico de muitos membros do então gabinete presidencial.

Falando em filhos do ex-presidente, Costa Neto não assegurou que os herdeiros de Bolsonaro possam ter um papel político importante no futuro do pai, apesar de achar que Eduardo seja “o mais político dos filhos”. “Sempre quis ajudar na campanha, nos eventos”, contou o líder do PL.

Minuta golpista na ‘casa de todo mundo’

Valdemar Costa Neto, afirmou que várias minutas golpistas circulavam no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma delas foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que está preso.

Ainda de acordo com Valdemar, em entrevista ao jornal O Globo, ele mesmo chegou a receber sugestões para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, teve “o cuidado de triturar”.

“Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava [o papel] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar”, disse Valdemar.

O presidente do partido de Bolsonaro disse ainda que documentos desse tipo podiam ser encontrados “na casa de todo mundo.”

 

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