O presidente eleito Lula (PT) anunciou outros 16 nomes do primeiro escalão que vão compor os ministérios seu governo. A oficialização dos futuros ministros e ministras aconteceu na manhã desta quinta-feira (22) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília (DF), onde atua a equipe de transição.
O governador da Bahia, Rui Costa, já anunciado por Lula como futuro ministro da Casa Civil, informou que serão 37 ministérios. Atualmente, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), existem 23 ministérios.
Confira a lista de ministros anunciados por Lula nesta quinta (22):
Alexandre Padilha, no Ministério de Relações Institucionais
Márcio Macêdo, na Secretaria-Geral da Presidência da República
Jorge Rodrigo Araújo Messias, na AGU (Advocacia-Geral da União)
Nísia Trindade, no Ministério da Saúde
Camilo Santana, no Ministério da Educação
Esther Dweck, no Ministério da Gestão
Márcio França, no Ministério dos Portos e Aeroportos
Luciana Santos, no Ministério de Ciência e Tecnologia
Aparecida Gonçalves, no Ministério da Mulher
Wellington Dias, no Ministério de Desenvolvimento Social
Margareth Menezes, no Ministério da Cultura
Luiz Marinho, no Ministério do Trabalho
Anielle Franco, no Ministério de Igualdade Racial
Silvio Almeida, no Ministério de Direitos Humanos
Geraldo Alckmin, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Vinícus Marques de Carvalho, na CGU (Corregedoria-Geral da União)
Até agora, cinco ministros de Lula já haviam sido anunciados:
Fernando Haddad, no Ministério da Fazenda
Flávio Dino, no Ministério da Justiça
Rui Costa, no Ministério da Casa Civil
José Múcio Monteiro, no Ministério da Defesa
Mauro Vieira, no Ministério das Relações Exteriores
Antes do pronunciamento do presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenador da equipe de transição, apresentou o relatório final com as conclusões dos trabalhos de 30 grupos temáticos.
Lula iniciou fazendo um agradecimento ao Senado e à Câmara pela aprovação da PEC da Transição, que permite o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família em 2023, citando nominalmente aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Acho que é a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da posse. Tivemos a responsabilidade de fazer uma PEC e não era nossa. Era para cobrir a irresponsabilidade do governo que ia sair e que não tinha colocado dinheiro para cumprir com a responsabilidade para as pessoas que ele mesmo prometeu”, disse Lula.
O petista destacou ainda a “demonstração de solidariedade dos parlamentares”, principalmente de oposição, que votaram junto com o governo para a aprovação da PEC.
Na semana que vem, Lula deverá anunciar os 13 nomes que ainda faltam.
“Eu e Gleisi (Hoffmann, presidente do PT), iremos trabalhar, sentar e discutir e, na semana que vem, na segunda ou terça, terminar de anunciar os ministérios. (…) Portanto, quem ainda tem expectativa, não perca as expectativas porque tudo pode acontecer nos próximos dias”, finalizou.
Até o momento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi deixada de fora do futuro governo Lula. Tebet pleiteava a pasta do Desenvolvimento Social, entregue a Wellington Dias.
O MDB não foi comunicado da decisão. Terceira colocada na corrida presidencial, com 4,2% dos votos, Tebet se engajou na campanha de Lula durante o segundo turno.
Petistas atribuem a ela um papel relevante na atração de votos de centro para a eleição de Lula. Nomeá-la a um ministério seria ainda uma forma de fazer jus à chamada frente ampla que Lula diz querer formar na sua gestão.
Na segunda-feira (19), Tebet conversou com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e reafirmou a vontade de comandar o Ministério do Desenvolvimento Social. A senadora, no entanto, ouviu que o PT queria comandar a pasta.
A justificativa de Gleisi foi a de que o novo governo foi eleito com o mote de combate à fome e não poderia prescindir do ministério que será chave nessa área. O Desenvolvimento Social será responsável, entre outras políticas, pela recriação do Bolsa Família.
As informações são do Yahoo.