Líder dos caminhoneiros desmente Sérgio Reis e anuncia data de reunião da categoria

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim, voltou a negar participação e apoio em ato bolsonarista, marcado para início de setembro. Segundo Chorão, como é conhecido o líder dos caminhoneiros, a categoria “segue buscando apoio, mas não com o agronegócio”, se referindo ao cantor sertanejo Sergio Reis.

“Na greve de 2018, o procuramos, pedimos apoio e ele já negou desde lá. Sempre foi voltado pro agronegócio”. Ao Yahoo Finanças, Landim afirmou que os caminhoneiros seguem se organizando e já tem data marcada para discutir as pautas da categoria: em Brasília, no dia 18 de setembro.

O piso mínimo de frete – lei 13.703/2018 – , a questão tributária e o programa Gigantes do Asfalto, aprovado por Jair Bolsonaro, estão na lista de prioridades a discutir. Para ele, ações como a do cantor sertanejo dificultam o cumprimento de demandas já conquistadas pelos caminhoneiros na greve de 2018.

“Os latifundiários estão travando isso. Mostramos em 2018 que somos uma classe que realmente mostrou a força, que está na linha de frente, e por isso querem nos usar como massa de manobra. Precisamos lutar e não permitir que outros segmentos usem nosso nome”, declarou Chorão.

Repercutiu mal entre lideranças de caminhoneiros a notícia de que o cantor sertanejo Sergio Reis havia convocado a categoria para manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro entre os dias 4 e 6 de setembro, em Brasília.

Segundo Reis, “caminhoneiros, agricultores e artistas” estarão na capital federal num “movimento para salvar o país”. O ato deve pedir o voto impresso e o impeachment de ministros do STF.

Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga, ironizou o artista. “Sérgio Reis não representa nem os artistas nem os caminhoneiros.”

O presidente da Abrava também criticou Sérgio Reis. “Como deputado federal, você nunca subiu na tribuna para falar a favor dos caminhoneiros, nem na greve de 2018 nos apoiou”, criticou.

As informações são do Yahoo.

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