Juiz manda soltar filho, preso após dirigir alcoolizado e atropelar motociclista

Juiz Noé Pacheco estava preso quando filho, Lucas Pacheco, foi detido (Foto: Reprodução/ TV Globo)

No dia 29 de março, Lucas Pacheco, 20 anos, foi preso após atropelar uma motociclista. Ele fugiu do local, mas o namorado da mulher perseguiu o motorista e chamou a polícia. Autoridades constataram que havia álcool na corrente sanguínea de Lucas e, por isso, ele foi preso. No entanto, o juiz de plantão, Noé Pacheco, soltou o jovem, que é filho do magistrado.

O caso aconteceu na cidade de Floriano, no Piauí. Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, Lucas Pacheco dirigia em alta velocidade e atingiu a moto por trás. Elizabeth foi atingida e ficou com ferimentos em várias partes do corpo.

De acordo com o delegado de Floriano, Bruno Ursulino, o jovem não negou nenhuma das acusações. “Ele não nega nenhuma das informações, nem de ter ingerido bebida alcoólica”, relatou ao Fantástico.

Noé Pacheco, pai de Lucas, era o juiz de plantão na ocasião. Ele concedeu liberdade provisória ao próprio filho.

O magistrado alegou que se tratada de um caso de liberdade provisória. “Réu primário, bons antecedentes, acidente sem maiores consequências, né? Assumindo todos os ricos, concedi liberdade, apliquei medidas cautelares, da mesma forma como faria para qualquer outro preso na mesma situação. Eu parto do entendimento que da mesma forma como é urgente você decretar uma prisão preventiva, se faz urgente também você conceder liberdade naqueles casos que a lei permite. E assim foi feito. Não há nenhuma aberração nisso”, disse ao Fantástico.

Pela lei, juízes não podem se envolver com casos com parentes envolvidos. A medida vale para relações de até terceiro grau. No entanto, Noé Pacheco entendeu que, caso esperasse outro juiz para tomar a decisão, isso poderia levar muito tempo. Ele ainda alegou que a situação da cela onde o filho ficaria é muito ruim.

O Tribunal de Justiça do Piauí afirmou que a Corregedoria Geral de Justiça vai abrir procedimento para apurar eventuais irregularidades na conduta do magistrado.

As informações são do Yahoo.

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