Homens brancos, paulistas e indicados por petistas: com Zanin, veja o novo perfil médio da composição do STF

USP e Uerj se destacam entre universidades nas quais mais magistrados do tribunal se graduaram em Direito

Cristiano Zanin no STF

(Foto: Breno Carvalho - Divulgação0

Em sua atual composição, agora com Cristiano Zanin, que tomou posse na última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) segue com maioria de magistrados indicados em governos petistas, nascidos no Sudeste e de homens brancos.

Dos 11 magistrados do tribunal, sete foram indicados nos governos de Lula e Dilma Rousseff, e também sete são oriundos de São Paulo, Rio ou Minas Gerais. Por outro lado, o novo ministro, que tem 47 anos de idade, contribui para reduzir a média de idade na Corte, que agora é de 60 anos.

Desde a redemocratização, foi Lula quem indicou mais nomes ao STF (nove), seguido por Dilma e José Sarney (cinco cada). O petista foi o único presidente a se eleger por três mandatos.

Zanin é, hoje, o ministro mais jovem na Corte. Dessa forma, é também o magistrado que poderá ficar por mais tempo como membro do tribunal, já que a aposentadoria é obrigatória aos 75 anos. Ele só precisará se retirar do STF em novembro de 2050. Na outra ponta está Rosa Weber, que se aposenta até outubro.

Com a indicação de mais um homem, a Corte segue sem mudanças no histórico de nomeações de mulheres: foram apenas três em sua história (Ellen Gracie, Cármen Lúcia e Rosa Weber). Já os ministros negros também foram três: Pedro Lessa e Hermenegildo Barros, na primeira metade do século 20; e, mais recentemente, Joaquim Barbosa.

São Paulo é o estado em que mais ministros da atual composição nasceram (quatro). Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aparecem, em seguida, como unidades federativas de origem mais comuns, com dois magistrados nascidos em cada estado. Já a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) são as instituições de ensino superior em que mais ministros se graduaram em Direito.

Com informações do Jornal O GLOBO.

Sair da versão mobile