Homem atira botijão de gás pela janela e mata uma pessoa no RJ

Ambulante morto por botijão de gás arremessado de apartamento estaria sentado em banco de concreto no momento do crime, dizem testemunhas Foto: Guito Moreto - O Globo

Policiais do 19º Batalhão de Polícia Militar prenderam, na tarde desta segunda-feira, um homem que jogou um botijão de gás de um apartamento do décimo segundo andar de um prédio na Rua Aires Saldanha, próximo da esquina com a Rua Djalma Ulrich, segundo informa o jornal O Globo.

O objeto acabou acertando um homem que estava na calçada. A vítima, que foi atingida na cabeça, chegou a ser socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu na hora. As Ruas Miguel Lemos e Djalma Ulrich seguem interditadas e bombeiros também atuam no local.

Segundo funcionários e moradores da região, a vítima era um ambulante de meia idade, que vendia frutas no quarteirão. Conhecido como Tronco ou Lobisomem por causa de sua barba ostensiva, ele estaria sentado ao lado de uma banca de jornal, em frente à saída dos fundos, na Rua Aires Saldanha, do Edifício Cannes, cuja portaria principal fica na Rua Djalma Ulrich.

Já o homem preso em flagrante se chama Venilson da Silva Souza, aparenta ter 50 anos e não tem antecedentes criminais. Segundo a sua irmã, Núbia da Silva Souza, que testemunhou o crime, ele sofre de transtornos mentais e, durante o surto, teria arremessado outros objetos pela janela, como um pedaço de fogão, que também caiu na rua. O detido foi conduzido para a 13ª DP (Copacabana).

No momento do ocorrido, um usuário do Twitter chegou a fazer um vídeo de uma pessoa caída na calçada ao lado do botijão de gás que Venilson jogou, que foi parar no meio-fio entre um carro estacionado e um banco de concreto.

O prédio em que o crime ocorreu fica localizado numa movimentada esquina da Aires Saldanha e Djalma Ulrich, com muitos bares próximos. Apesar de sempre movimentado, o edifício nunca havia passado por um caso trágico, dizem vizinhos. Pessoas no entorno chegaram a dizer que ouviram gritos de discussão vindo do edifício, mas o porteiro não confirmou a informação.

— Eu só ouvi um estrondo gigante e saí para a rua — disse o porteiro Fabiano Bernardino, de um prédio próximo, na Rua Aires Saldanha. — Parecia que ele estava sentado do lado da banca, quando caiu o botijão. Imagina, poderia ser com qualquer um.

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