GDF teme risco de ataque de “lobo solitário” em 7/9 e reforça segurança

Governadora em exercício exigiu um contingente reforçado no feriado, com 2.080 policiais militares e 500 civis à disposição

Governo do Distrito Federal recebeu alertas do Ministério da Justiça Dida Sampaio/Estsadão Conteúdo - 05.out.2017

Depois de ter recebido alertas do Ministério da Justiça, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), decidiu reforçar o contingente de policiais à disposição da segurança nas celebrações do 7 de Setembro em Brasília.

À CNN, a governadora disse que não há receio sobre atos criminosos, como ocorreu em 8 de janeiro, mas sim sobre a possibilidade de eventuais ataques isolados cometidos por uma pessoa apenas, também conhecido como “lobo solitário”.

Ela exigiu um contingente reforçado no feriado, com 2.080 policiais militares e 500 civis à disposição. O número é maior do que o grupo disponibilizado para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que apresentou ao governo do Distrito Federal (GDF) um dossiê preventivo, com vídeos e posts de redes sociais com ameaças sobre a data.

Na próxima segunda-feira (4), Celina Leão se reunirá com um grupo de trabalho formado para evitar intercorrências no feriado.

O chamado Gabinete de Mobilização Institucional está sob o guarda-chuva da secretaria de Segurança Pública do DF. A Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estarão no grupo.

O governo federal faz um esforço de comunicação para tentar afastar a imagem de Jair Bolsonaro (PL) dos eventos que marcam a data.

O ex-presidente xingou ministros do Supremo em atos de 2021 e está sendo acusado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de utilizar a data para promoção de sua candidatura em 2022.

Aliados de Lula admitem que as ações têm sido pensadas com cautela para evitar o confronto com apoiadores do ex-presidente.

A ordem no Palácio do Planalto é manter o tom institucional. Por isso, o presidente não deverá discursar na data, mas um dia antes, pela televisão, como nos mandatos passados.

Com informações da CNN.

Sair da versão mobile