Fim do dinheiro em espécie? BC mostra perfil de uso do brasileiro

Transações via Pix somaram R$ 180 milhões em 2020, R$ 9,43 bilhões no ano seguinte e R$ 24,05 bilhões em 2022

PIX recorde

(Divulgação)

Por questões de segurança ou até mesmo por praticidade, os meios de pagamento digitais estão se tornando cada vez mais comuns entre os brasileiros — principalmente após a criação do Pix, em 2020. Como resultado, as operações com dinheiro em espécie estão sendo cada vez menores. O processo se intensificou com a crise sanitária causada pela pandemia de covid-19 nos últimos anos.

O Banco Central (BC) elaborou o estudo Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil. Confira os principais resultados:

Em 2019, a soma dos saques de dinheiro em caixas eletrônicos e agências foi de R$ 3 trilhões.

Já nos anos seguintes, o total caiu para R$ 2,5 trilhões em 2021 e R$ 2,1 trilhões em 2022.
Quanto ao Pix, as transações em 2020 somaram R$ 180 milhões, enquanto em 2021 e 2022 o total foi de R$ 9,43 bilhões e R$ 24,05 bilhões, respectivamente.

Especificamente para as transações de valores mais altos, a preferência por transferências bancárias foi de cerca de 65% de todo o volume financeiro de 2022 — e o Pix teve um peso de 12% do montante.

“Há uso preponderante do Pix e dos cartões (especialmente o pré-pago) nas transações de valor mais baixo, indicando seu papel importante na inclusão financeira, deixando as transferências tradicionais como principais opções para transações corporativas, de valores substancialmente mais altos”.

Aponta o estudo do Banco Central

O Banco Central também destacou um crescimento “expressivo da quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago”, que foi diretamente influenciado pela expansão de instituições financeiras. “Essas instituições vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro, sendo, por exemplo, as instituições em que muitos jovens iniciam seu relacionamento com o sistema financeiro”, apontou o estudo.

Com informações de AgênciaBrasil

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