Delação de Jonas Lopes de Carvalho é o caminhos das pedras 

Jonas Lopes de Carvalho

Foto: Reprodução

Quatro operações no âmbito da Lava Jato apontaram o caminho das pedras para os agentes da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (05), no Rio de Janeiro: operações Calicute, Eficiência, Descontrole e Quinto do Ouro.

Foi com as informações colhidas em depoimentos de delatores nessas diferentes fases que o Ministério Público Federal  (MPF) pediu a deflagração da Operação Titereiro, que prendeu oito pessoas, entre elas, o ex-secretário Nacional de Justiça, Astério Pereira. 

A delação mais elucidativa foi a do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Jonas Lopes de Carvalho. 

Preso na Operação Quinto do Ouro, ele disse aos investigadores que usou o fundo especial do TCE para pagar fornecedores da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e do Departamento Geral de Ações Sócio Educativas (Degase).

Em troca, alguns conselheiros cobravam uma taxa de oxigênio de 15% sobre os valores pagos.

MONTAGEM DO ESQUEMA

Para montar o esquema, Lopes precisou alterar a lei de criação do fundo. Procurou o então presidente da Alerj, Jorge Picciani.

O parlamentar indicou Carlson Ruy para organizar esses pagamentos. Ele era nada mais, nada menos do que sócio de Astério Pereira dos Santos na Dejund, empresa supostamente beneficiada nos contratos firmados com a Seap.

Astério e o sócio teriam usado familiares como laranjas para ocultar o dinheiro ganho com o esquema ilegal. Os dois foram presos nesta quinta-feira. 

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