Em um evento para lançar uma campanha chamada “Respeitável Circo!”, na quarta-feira (20), a primeira-dama Michelle Bolsonaro apareceu vestida como palhaça e identificada em uma plaqueta como “doutora Florinda”.
A cerimônia foi organizada pela secretaria de Cultura, para divulgar a campanha destinada a artistas e produtores do ramo circense.
“Hoje, lançamos uma importante campanha de valorização do circo. Uma área por muito tempo desvalorizada, por não servir ao glamour que movimentava a elite artística que monopolizava as verbas públicas da Cultura”, escreveu o secretário Mario Frias, no Twitter.
No entanto, as artes circenses são contempladas na política de incentivo à cultura desde 1991 sob a categoria das artes cênicas.
No evento, o governo federal anunciou o selo Município Amigo do Circo, uma premiação nacional para cidades que apoiam o setor e que deve ocorrer no primeiro semestre de 2022.
Também foi distribuída uma cartilha com sugestões para que gestores municipais resolvam problemas como a falta de terreno adequado para montagem de lonas e dificuldades no acesso à educação e à saúde com a inclusão de populações em situação de rua, circense e povos ciganos nômades no programa Conecte SUS, desenvolvido pelo Ministério da Saúde.
“Sugerimos o acolhimento dos circenses, por meio de agentes públicos conhecedores das peculiaridades dos povos itinerantes. Nos municípios menores, recomendamos a existência de um ponto focal (alguém capacitado para entender as diferentes necessidades dos circenses e dialogar com as áreas gestoras)”, afirma a cartilha.
A Funarte (Fundação Nacional das Artes) aponta a existência de quase 700 circos em atividade no país em julho de 2020 – a maior parte deles formada por grupos familiares, que raramente possuem as ferramentas necessárias para formatar projetos e se inscrever em editais.