Caixa não cita Pedro Guimarães ao admitir investigar casos de assédio

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (29), a Caixa se pronunciou sobre as acusações de assédio na empresa, mas não citou o nome do agora ex-presidente Pedro Guimarães.

O comunicado afirma que a Caixa “repudia qualquer tipo de assédio” e que abriu uma investigação para apurar a denúncia de “casos desta natureza na instituição”.

Guimarães deixou o cargo nesta quarta-feira após revelações de acusações de assédio sexual contra funcionárias. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e está sob sigilo.

Segundo publicado pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a oficialização do pedido de demissão de Guimarães ocorreu durante um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) através de uma carta.

Ainda segundo a nota, esta investigação “corre em sigilo, no âmbito da Corregedoria, motivo pelo qual não era de conhecimento das outras áreas do banco”.

As acusações contra Guimarães foram reveladas inicialmente pelo portal Metrópoles. De acordo com as vítimas ouvidas pela reportagem, o assédio sempre se dava por “toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos”.

Jair Bolsonaro e Pedro Guimarães são bastante próximos. O presidente da Caixa Econômica Federal costuma acompanha Bolsonaro em viagens e participar de lives. Ele chegou a ser cotado para ser vice do presidente na campanha de reeleição.

Confira a nota da Caixa:

“A CAIXA repudia qualquer tipo de assédio e informa que recebeu, por meio do seu canal de denúncias, relato de casos desta natureza na instituição. A investigação corre em sigilo, no âmbito da Corregedoria, motivo pelo qual não era de conhecimento das outras áreas do banco.

Por oportuno, a CAIXA destaca que o seu canal de denúncias é administrado por órgão externo à instituição, que garante a transparência, segurança e proteção para denunciantes (empregados, clientes, usuários, terceirizados, parceiros) que queiram apontar atos ilícitos cometidos por empregados CAIXA ou que tenham tido sua participação.

No âmbito da investigação interna que está em andamento, instaurada em maio de 2022, foram realizados contatos com o/a denunciante, que permanece anônimo/a. Foram ainda realizadas diligências internas que redundaram em material preliminar, que está em avaliação.

Portanto, a Corregedoria admitiu a denúncia e deu notícia ao/à denunciante, se colocando à inteira disposição para colher o seu depoimento, mantendo seu anonimato.

Eventuais novas informações serão imediatamente integradas ao procedimento de apuração.”

As informações são do Yahoo.

Sair da versão mobile