Busca por atendimento psicológico no RJ cresceu 300% durante a pandemia

O número de pessoas que procuraram acompanhamento psicológico durante a pandemia aumentou 300% em um ano no RJ. O levantamento é do Conselho Regional de Psicologia.

Além de terapia, alguns novos hábitos na rotina podem ajudar muito.

Para a jornalista Verônica Lopes, a solução foi adotar um cachorro. O Nino tinha sido abandonado e transformou a vida de Verônica.

Com 92 anos, Gioconda conta que passou a mandar vídeos cantando para os amigos — Foto: Reprodução/TV Globo

“Meu momento de respiro do dia, de levá-lo na praça, depois do expediente, pra gente poder interagir, brincar com bolinha. Eu não sei como teria sido esse um ano e pouco sem a presença dele. Ele traz muita alegria, muito amor pra minha vida. A minha mudou completamente com a chegada dele”.

Já a terapeuta Thatiana Nascimento se apaixonou pelas plantas.

“As plantas apareceram para poder suprir essa necessidade que eu tinha de buscar uma tranquilidade, uma paz. Esse momento é um momento que eu uso muito para poder relaxar, me conectar com a natureza, poder me desligar de tudo isso que tá acontecendo”.

Uma pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, mostrou que mais da metade (53%) dos brasileiros reconhece que a saúde emocional e mental piorou na pandemia.

“O primeiro grande sintoma que a gente percebe é um distúrbio do sono em muitas pessoas que nunca tinham experimentado nenhum tipo de distúrbio do sono. Por um outro lado também, um outro sintoma que a gente percebe de uma forma muita intensa, são pessoas que passaram a ficar muito mais alertas pra algum tipo de problema que pode vir a acontecer. As pessoas passaram a estar estressadas em casa”, explica o psicólogo Pedro Paulo Bicalho, presidente do Conselho de Psicologia do RJ.

A maioria das pessoas que fazem acompanhamento psicológico nunca tinha feito terapia antes.

São pessoas que perderam algum parente ou amigo ou que não conseguiam mais controlar o medo e a ansiedade.

“Esse crescimento todo em tempos de pandemia já revela o quanto nós, brasileiros e brasileiras, estamos sendo afetados, no campo da saúde mental, por conta da pandemia que nós vivemos”, diz o psicólogo.

“Uma pandemia que revela não somente uma tristeza em função do próprio distanciamento social, tristeza essa que faz com que muitas vezes a gente acabe desenvolvendo sintomas de depressão e por um outro lado, um medo de se contaminar, um medo de saber se eu me contaminar como é que o meu corpo vai reagir, quais sintomas eu vou produzir”.

Para a paisagista Rayra Lira, a distração está na cozinha.

“Nesse um ano de pandemia, eu posso dizer que eu vivi altos e baixos. Mas, mesmo assim, eu tentei trazer algumas atividades pra minha vida que me ajudassem a passar por isso de uma maneira mais leve. Mais saudável. Então, eu comecei com a prática da cozinha. Eu passei a ir mais vezes pra cozinha, fazer pratos diferentes. Comecei a sentir falta de restaurantes, à luz de vela, então comecei a criar esses ambientes dentro de casa”.

Com 92 anos, Gioconda conta que passou a mandar vídeos cantando para os amigos — Foto: Reprodução/TV Globo

Com 92 anos, Gioconda diz que a alegria está em cantar. Ela passou a mandar vídeos para os amigos.

“Para que não esqueçam de mim, vou tentar cantar, ou melhor, assassinar, algumas musiquinhas que eu gosto. Escutem. Espero que gostem”.

“Fiquei muito presa em casa, e comecei a fazer muitas palavras cruzadas pra me distrair. Mesmo assim, comecei a ficar triste e com ansiedade. E foi aí que a minha filha teve a ideia de me fazer vídeos cantando para alegrar um pouco as minhas colegas”.

As informações são do G1.

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