Banco Central: dois mil funcionários deixam cargos em protesto

Cerca de dois mil funcionários do Banco Central decidiram entregar seus cargos ou deixar de ocupar vagas em aberto como forma de protesto. A informação foi dada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), após uma reunião com Roberto Campos Neto, presidente da entidade, na terça-feira (11).

Os trabalhadores reivindicam a reestruturação da carreira de especialistas do banco, parada desde 2017. Além do reajuste de salários, o pleito envolve outras medidas, como mudança do título de analista para auditor.

De acordo com o sindicato, a reunião com Campos Neto foi amistosa, mas não chegou a uma conclusão. Dessa forma, 500 funcionários entregaram seus cargos e outros 1.500 se recusaram a preencher as vacâncias, ou seja, os cargos deixados.

Além do Sinal, os outros dois sindicatos do Banco Central estiveram presentes na reunião: a Associação Nacional de Analistas do Banco Central (ANBCB) e o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen).

Em nota conjunta, as entidades disseram que “a deterioração no clima organizacional nos últimos meses se deve, em grande parte, à ausência de endosso das autoridades da Casa à reestruturação da carreira de Especialista do Banco Central”.

Procurada pelo O Globo, a entidade monetária disse que não comenta o caso.

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