Bancada evangélica acena com recuo em projeto antiaborto

Acerto costurado pelo presidente da Câmara para jogar a discussão do mérito para o fim do ano deve ser sacramentado nesta semana

Por unanimidade, STF proíbe desqualificar vítima de violência contra mulher em processos

Participantes do Festival Pela Vida das Mulheres caminham do Museu Nacional da República até o Supremo Tribunal Federal (STF). (Fábio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil)

Em um jogo casado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a bancada evangélica indicou que irá recuar do discurso em favor de uma votação rápida do projeto que equipara o aborto ao crime de homicídio.

A tendência, segundo relataram ao blog fontes próximas às negociações, já está consolidada nos bastidores e deve ser referendada na reunião de líderes prevista para ocorrer amanhã.

Em um aceno à ala conservadora da Câmara, Lira amarrou o acordo que permitiu aprovar a urgência do texto. O movimento teve aval inclusive de partidos de esquerda, entre eles o PT, como informou o blog na semana passada. Mas Lira comprometeu-se a jogar para frente a apreciação do mérito.

Se tudo correr como previsto, o assunto deve ir para a gaveta pelo menos até depois das eleições.

Aprovada com aval velado do governo, a urgência do projeto provocou forte repercussão na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De início, líderes do governo e do PT se mantiveram em silêncio sobre o assunto, embalados pelo acordo selado com Lira. Mas, diante das fortes críticas ao texto, se viram obrigados a se manifestar contra a proposta.

As informações são de Clarissa Oliveira, da CNN.

Sair da versão mobile